segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Tática e estratégia

Minha tática é,
olhar-te,
Aprender como tu és,
querer-te como tu és.

Minha tática é,
falar-te,
e escutar-te
Construir com palavras,
uma ponte indestrutível.

Minha tática é,
ficar em tua lembrança,
não sei como, nem sei,
com que pretexto
porém ficar em ti.

Minha tática é
ser franco,
e saber que tu és franca
e que não nos vendemos
simulados,
para que entre os dois
não haja cortinas
nem abismos.

Minha estratégia é,
em outras palavras,
mais profunda e mais
simples,
Minha estratégia é
que um dia qualquer,
não sei como nem sei
com que pretexto,
por fim, me queiras.


Mario Benedetti

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Respostas de uma não pergunta

Te vejo, sentada logo na cadeira ao lado,
Mas nada,
Teu olhar não vai de encontro,
Enquanto o veiculo segue seu percurso,
Teus olhos são tão distantes,
E desviam dos meus,
O que faço?
Como chamo sua atenção?
Procuro respostas,
Mas ainda não sei onde achar

Queria pelo menos em um instante,
Ter seu sorriso para me alegrar,
Mas o teu semblante de desprezo,
É o que no meu caminho,
Estou a encontrar,
Será que a vida vale a pena?
Viver tudo isso é uma lição?
Minha liberdade é tão pequena,
E querer você, é minha maldição!

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Vida ainda não vivida

Vento do mar no meu rosto
E o sol a queimar,
Calçada cheia de gente a passar
E a me ver passar
Gosto de quem gosta
Deste céu, deste mar
Dessa gente feliz
Bem que eu quis
Escrevi um poema de amor
E o amor
Estava em tudo que eu vi
Em tudo quanto eu amei
Tinha alguém mais feliz
Que eu
O meu amor
Que não me quis,

Encarei as ondas,
Entrei no mar,
Passei pelo tubo,
Mas,
Muito mais difícil que encarar uma onda,
É achar o teu olhar,
Ter você em meus braços,
Poder te tocar,
Vou vivendo assim,
A procura de algo que ainda não vivi
Que eu
O meu amor
Que não me quis.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Ilusões Vividas

De que serve viver tantos anos?
Sem encontrar o verdadeiro amor
Na minha realidade,
Penso,
Viver é juntar,
Desenganos do amor,
Até hoje vivi assim,
Nas ilusões que a noite criou,

Se eu morresse amanhã de manhã
Seria um enterro comum,
Sem saudade, sem luto também...
Se eu morresse,
Logo, pela manhã
Minha falta ninguém sentiria
Do que eu fui,
Do que eu fiz,
Ninguém se lembraria

Mas...
Não quero morrer,
Sem almenos sentir,
Nem que seja uma vez,
O que é o verdadeiro Amor,
Esquecer o mundo lá fora,
Fechando a porta, para tudo.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Maldito Tempo





Tempo de espera,
Maldito tempo, sem viver,
Tudo nebuloso,
Em meio a neblina,
Vejo dor,
Maldita a hora, maldito ser.
Como tudo se passa?
O que vai acontecer



Dias são horas,
Horas minutos,
O tempo é sempre curto,
Não sei o que Senti
Mas a indecisão dela,
É minha sentença,
Qual meu pecado,
Não sei o erro que cometi,



Só sei que vivo,
Até quando não sei,
Vou passar por esse dilema,
Enquanto o maldito tempo não passa
Escrevo este poema

terça-feira, 5 de maio de 2009

Paráfrase da vida

Manhã, tão bonita manhã
Na vida, uma nova canção
Cantando só teus olhos
Teu riso, tuas mãos
Pois há de haver um dia
Em que virás
Das cordas do meu violão
Que só teu amor procurou
Vem uma voz
Falar dos beijos perdidos
Nos lábios teus
Canta o meu coração
Alegria voltou
Tão feliz a manhã
Deste amor

Onde estas? Amor
Um dia viestes pousar
Quando foi, uma dor deixou
Agora vivo assim
Meu violão não toca mais
O encanto das cordas tirou
No lugar veio a angustia,
E essa o peito marcou
Agora vive a procura,
Então vem,
Sinta,
Abrace,
Beije
Deixa que o tempo fala o que pode acontecer

terça-feira, 28 de abril de 2009

Vida noturna


Sou da noite das cidades
Da noite macia de qualquer lugar
Sou desse bar que me chama
Em nome de alguém que me ama
Da noite tão bonita dou graças a Deus

Sinto a boemia em minhas veias
Sinto a magia de algum lugar
Procuro encontrar a paixão da noite
Se ela vier, começo a me apaixonar
Onde direciono meus versos?

Não sei, mas ainda vou encontrar.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Mandamentos dos Marias


A ausência total de livros nos descompromete de maneira definitiva com a cultura.
Menino só sabe que é feio, no colégio, qunado o padre escolhe os que vão ajudar à missa.
Ninguém me ama, ninguém me quer, ninguém me chamda de Baudelaire.
È perigoso ter muitas mulhres. Quem tem seis, por exemplo, tem cinco oportunidades de ser enganado.
Amor a gente espera, como o pescador espera o seu peixe, ou o devoto espera o seu milagre: em silêncio, sem se im pacientar com a demora.
Só se ama uma mulher como lhe tememos a pele e o cheiro.
O verdadeiro amor é aquele que nos abrange e nos vence como um vício.
As mulheres bonitas detestam as mulheres bonitas, quando estão gostando muito de um homem feio.
Só há uma vantagem na solidão: poder ir ao banheiro de porta aberta.
Só creio em dois estados de lucidez: o dos bêbados e dos poetas.
Existir é difícil. Matar-se ou prosperar.
Quanto mais pobre mais comovente o ser humano que dorme.
A gente vive, passa por milhares de expêriencias(as mais intensas) para , afinal, convecer-se de que as melhores coisas da vida são comer e dormir.
O poeta tem que ignorar o próximo e odiar a si mesmo.
Nada é tão de mau gosto quanto a morte.
Ninguém se importou ainda em procurar a paz. Vão a Cristo, é verdade. Mas vão busca-ló no templo, com cruz e tudo, para levá-lo á guerra.
Cristo não é de quem o empenha, de quem o carrega nos ombros…mas de quem o traz no coração.
Para esquecer uma mulher é preciso gostar imediatamente de outra mulher, embora seja impossível gostar de outra enquanto não esquece uma mulher.
Minha Saúde é tanta que a farmácia aqui de Fernado Mendes foi à falência.
Medo de morrer só tem quem é feliz. Os infelizes estão aí, atravessando as ruas sem olhar para os aldos, pedindo a Deus que um fenemê os parta em dois.

terça-feira, 31 de março de 2009

Versos do Maria



"
Às vezes, me sinto muito só.
Sem ontem e sem amanhã.
Não adianta que haja pessoas em volta de mim.
Mesmo as mais queridas. Só se está só ou acompanhado, dentro de si mesmo.
Estou muito só hoje.
Duas ou três lembranças que me fizeram companhia, desde segunda-feira, eu já gastei.
Não creio que, amanhã, aconteça alguma coisa de melhor."

segunda-feira, 23 de março de 2009

VOU-ME EMBORA PRA PASÁRGADA


Vou-me embora pra Pasárgada

Lá sou amigo do rei

Lá tenho a mulher que eu quero

Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada

Aqui não sou feliz

Lá a existência é uma aventura

De tal modo inconseqüente

Que Joana a Louca de Espanha

Rainha e falsa demente

Vem a ser contraparente

Da nora que eu nunca tive

E como farei ginástica

Andarei de bicicleta

Montarei em burro brabo

Subirei no pau-de-sebo

Tomarei banhos de mar!

E quando estiver cansado

Deito na beira do rio

Mando chamar a mãe-d'água.

Pra me contar histórias

Que no tempo de eu menino

Rosa vinha me contar

Vou-me embora pra Pasárgada

Em Pasárgada tem tudo

É outra civilização

Tem um processo seguro

De impedir a concepção

Tem telefone automático

Tem alcalóide à vontade

Tem prostitutas bonitas

Para gente namorar

E quando eu estiver mais triste

Mas triste de não ter jeito

Quando de noite me der

Vontade de me matar

Lá sou amigo do rei

Terei a mulher que eu quero

Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Poesias do Maria

Em cada verso meu
Eu procurei o teu caminho
E o teu amor
E cada verso meu foi um grito
Chamou teu nome sem nimguem saber
Tanta coisa perdi, me perdi
Em longas noites, sem amor
As horas passando, passando
Vai passar a vida e tu não vens...
Faz falta em meu olhar o teu olhar
A doce paz dos teus olhos
Faz falta em minha vida
O imenso bem do teu amor
Vem, sem medo, meu amor
Meu caminho é fácil de encontrar
Vem hoje- há luar no céu
Vem hoje- há canções no mar
Vem hoje- eu te beijarei
Vem hoje....