quarta-feira, 26 de maio de 2010

Já pensou?

Já pensou se tudo na vida fosse igual à matemática?
Talvez assim tivéssemos mais facilidade com as coisas
As relações seriam uma equação,
Os fatores se unindo, o X e Y, chegariam a um resultado comum.

Já pensou se tudo fosse só uma questão de dividir?
Eu divido com você meu coração,
Ficaria tudo igual, ninguém perderia,
E como resultado, você me amaria.

Se tudo fosse uma multiplicação?
Um a vez um, formaria dois,
Dois corpos que não importa a ordem dos fatores,
Dariam sempre o mesmo produto
Um amor multiplicado que sempre dobraria.

Existe também a soma
Dois e dois são quatro,
E a vida vale à pena,
Mesmo que nem sempre os resultados são bons
E a liberdade tão pequena.

Mas a grande realidade é a subtração
Eu me diminuo, mudo algumas coisas,
E você nada faz,
Não abre mão de nenhum conceito
Do que adianta só uma pessoa pensar na adaptação?

É, a vida não é matemática,
Não é uma ilusão
É apenas cada dia de uma vez,
Basta apenas, abrir o coração.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Tática e estratégia

Minha tática é,
olhar-te,
Aprender como tu és,
querer-te como tu és.

Minha tática é,
falar-te,
e escutar-te
Construir com palavras,
uma ponte indestrutível.

Minha tática é,
ficar em tua lembrança,
não sei como, nem sei,
com que pretexto
porém ficar em ti.

Minha tática é
ser franco,
e saber que tu és franca
e que não nos vendemos
simulados,
para que entre os dois
não haja cortinas
nem abismos.

Minha estratégia é,
em outras palavras,
mais profunda e mais
simples,
Minha estratégia é
que um dia qualquer,
não sei como nem sei
com que pretexto,
por fim, me queiras.


Mario Benedetti

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Respostas de uma não pergunta

Te vejo, sentada logo na cadeira ao lado,
Mas nada,
Teu olhar não vai de encontro,
Enquanto o veiculo segue seu percurso,
Teus olhos são tão distantes,
E desviam dos meus,
O que faço?
Como chamo sua atenção?
Procuro respostas,
Mas ainda não sei onde achar

Queria pelo menos em um instante,
Ter seu sorriso para me alegrar,
Mas o teu semblante de desprezo,
É o que no meu caminho,
Estou a encontrar,
Será que a vida vale a pena?
Viver tudo isso é uma lição?
Minha liberdade é tão pequena,
E querer você, é minha maldição!

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Vida ainda não vivida

Vento do mar no meu rosto
E o sol a queimar,
Calçada cheia de gente a passar
E a me ver passar
Gosto de quem gosta
Deste céu, deste mar
Dessa gente feliz
Bem que eu quis
Escrevi um poema de amor
E o amor
Estava em tudo que eu vi
Em tudo quanto eu amei
Tinha alguém mais feliz
Que eu
O meu amor
Que não me quis,

Encarei as ondas,
Entrei no mar,
Passei pelo tubo,
Mas,
Muito mais difícil que encarar uma onda,
É achar o teu olhar,
Ter você em meus braços,
Poder te tocar,
Vou vivendo assim,
A procura de algo que ainda não vivi
Que eu
O meu amor
Que não me quis.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Ilusões Vividas

De que serve viver tantos anos?
Sem encontrar o verdadeiro amor
Na minha realidade,
Penso,
Viver é juntar,
Desenganos do amor,
Até hoje vivi assim,
Nas ilusões que a noite criou,

Se eu morresse amanhã de manhã
Seria um enterro comum,
Sem saudade, sem luto também...
Se eu morresse,
Logo, pela manhã
Minha falta ninguém sentiria
Do que eu fui,
Do que eu fiz,
Ninguém se lembraria

Mas...
Não quero morrer,
Sem almenos sentir,
Nem que seja uma vez,
O que é o verdadeiro Amor,
Esquecer o mundo lá fora,
Fechando a porta, para tudo.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Maldito Tempo





Tempo de espera,
Maldito tempo, sem viver,
Tudo nebuloso,
Em meio a neblina,
Vejo dor,
Maldita a hora, maldito ser.
Como tudo se passa?
O que vai acontecer



Dias são horas,
Horas minutos,
O tempo é sempre curto,
Não sei o que Senti
Mas a indecisão dela,
É minha sentença,
Qual meu pecado,
Não sei o erro que cometi,



Só sei que vivo,
Até quando não sei,
Vou passar por esse dilema,
Enquanto o maldito tempo não passa
Escrevo este poema

terça-feira, 5 de maio de 2009

Paráfrase da vida

Manhã, tão bonita manhã
Na vida, uma nova canção
Cantando só teus olhos
Teu riso, tuas mãos
Pois há de haver um dia
Em que virás
Das cordas do meu violão
Que só teu amor procurou
Vem uma voz
Falar dos beijos perdidos
Nos lábios teus
Canta o meu coração
Alegria voltou
Tão feliz a manhã
Deste amor

Onde estas? Amor
Um dia viestes pousar
Quando foi, uma dor deixou
Agora vivo assim
Meu violão não toca mais
O encanto das cordas tirou
No lugar veio a angustia,
E essa o peito marcou
Agora vive a procura,
Então vem,
Sinta,
Abrace,
Beije
Deixa que o tempo fala o que pode acontecer